Embarcações são perigo para banhistas nas praias de Maragogi

As embarcações navegam a cerca de dez metros da costa

Praia de Barra Grande (Foto: cortesia).

Maragogi beira o colapso, não somente no tocante ao trânsito, mas também sofre, ano a ano, de outro problema de transporte: o náutico. O aumento do número de embarcações, seja lancha ou catamarã, que realizam passeios comerciais às piscinas naturais ou passeios de orla, para driblar os dias em que as piscinas estão proibidas para visitação, toma proporções fora do comum e há muito fugiu do domínio dos órgãos públicos. A cada nova área de visitação aberta, cresce o número de embarcações.

Do mesmo modo que os proprietários de pousadas não estão preocupados em oferecer estacionamento para seus clientes, os donos de embarcações fecham os olhos para a importância de se guardar suas embarcações numa marina, e a maioria as deixa no mar mesmo.  

A prefeitura de Maragogi já demonstrou que não sabe o que fazer para resolver o entrave. Apesar da ameaça do gestor de recolhê-las em uma marina, em tal dia, em tal semana, desde o início do mandato, até agora nada foi feito. Dezenas de embarcações permanecem no mar e na costa, destruindo a restinga e poluindo visualmente o maior cartão postal da cidade.

PERIGO NO MAR

No final do ano, quando intensifica o fluxo turístico, uma lancha carregando turistas, bateu em banhistas, a menos de dez metros da costa, em Maragogi. Ao reclamar, o condutor se irritou e discutiu com os banhistas, chegando a dizer que a culpa era deles, que “viu a lancha e não saiu da frente”. Caso semelhante aconteceu no último fim de semana, na praia de Barra Grande, a sensação do verão deste ano.

“Os lancheiros não estão cumprindo as normas de segurança de navegação”, queixa-se uma turista que pediu para não ser identificada. “Não estão respeitando o espaço dos banhistas, colocando adultos e crianças em perigo. Muitas pessoas vêm reclamando da proximidade das lanchas e quando se pede para se afastar, eles (condutores) não aceitam. Por isso, pedimos que a Capitania dos Portos e a prefeitura de Maragogi fiscalize e ordene o fluxo de barcos na orla da praia.”

Para a senhora, é perigoso que essas embarcações estejam transitando e atracando tão próximas dos banhistas. “Acidentes podem acontecer e não podemos esperar que alguém seja atingido para tomar providência. Vamos pedir aos órgãos responsáveis que fiscalizem e ordenem, criando uma área demarcada para as embarcações chegaram até a areia, pois a omissão e o desrespeito pode causar acidentes.”

A norma estabelece uma distância para atracar de cinquenta metros. Porém, o que se tem visto são as embarcações atracando perto dos dez metros, “com a desculpa de ser mais fácil para o turista”, prossegue a senhora que encaminhou denúncia à Capitania dos Portos de Alagoas. Entramos em contato com a Capitania, através de sua assessoria de imprensa, mas até o fechamento dessa matéria, não obtivemos resposta.

NORMAS

As normas determinam que não se pode navegar a menos de 200 metros da orla da praia; para atracar, é preciso navegar perpendicularmente à orla, com velocidade máxima de 3 nós (5,5 km/h) e jamais ultrapassar a distância mínima de 50 metros; só é permitido desembarcar em praias com raias de marcação, sempre respeitando a velocidade máxima de 3 nós (5,5 km/h); algumas áreas podem conter limites específicos de velocidade, por isso também é importante sempre ficar atento às sinalizações locais; os equipamentos obrigatórios para embarcações são: coletes salva-vidas (em quantidade superior ou igual ao número de pessoas dentro da embarcação), boia circular e extintor de incêndio; embarcações que usam apenas os remos também possuem uma distância limite da orla da praia, que é de 100 metros.

Mais Notícias

Coment?rios

Carregando

Assine nossa newsletter e
receba as principais notícias por e-mail

Siga o Maragogi News nas redes sociais