Inquérito do naufrágio do catamarã em Maragogi será concluído nesta semana: 'Vou indiciar o piloto', diz delegado

Duas idosas morreram no acidente. Marinheiro será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

(Foto: Corpo de Bombeiros)

O inquérito que investiga o naufrágio de um catamarã em Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, em que duas idosas morreram, será concluído nesta semana. O delegado Aylton Prazeres, que apura o caso, informou ao G1 nesta terça-feira (20) que o marinheiro que pilotava a embarcação será indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
 
O naufrágio ocorreu no dia 27 de julho. O barco levava um grupo de turistas do Ceará quando naufragou em uma área conhecida como “Buraco”, distante cerca de 3 km da costa.
 
O delegado disse à reportagem que trabalha para fechar o inquérito até quinta (22), e que vai indiciar o marinheiro Ivanilton Oscar da Silva, mas sem pedir sua prisão.
 
“Vou indiciar o piloto por homicídio culposo mesmo. Todas as evidências apontam para isso. Acredito que se o piloto fosse mais decisivo, coisa de minutos, conseguiria evitar vítimas. Houve demora na distribuição dos coletes. Mas não vou pedir a prisão, porque nesse caso não foi feito flagrante. O processo vai correr normalmente e a prisão vai depender do entendimento do Ministério Público (MP-AL)”, explica Prazeres.
 
Ao todo, 13 pessoas foram ouvidas durante a investigação, entre testemunhas e os responsáveis pelo barco.
 
“Uma das últimas ouvidas foi a proprietária do catamarã. O advogado dela me ligou de última hora na semana passada e ela se apresentou. Confirmou que vendeu o barco, mas que não havia realizado a transferência junto à Marinha. A documentação que recebi da Marinha, inclusive, mostra que o catamarã estava em situação legal”, afirma o delegado.
 
O laudo da Marinha sobre as circunstâncias do acidente ainda não foi entregue à polícia e por isso não deve ser incluído no inquérito. “O laudo vai demorar mais e não posso esperar, por causa do meu prazo. Já estou convicto de que houve esse homicídio culposo. O laudo só explicaria como o acidente aconteceu. Não impede a conclusão dos trabalhos”, esclareceu Prazeres.

G1 AL

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